Ataques à central nuclear ucraniana de Zaporizhzhia marcam início de nova frente “extremamente perigosa”, alerta diretor da AIEA

Na última quinta-feira (11), o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, alertou para o início de uma nova frente “extremamente perigosa” devido aos recentes ataques à central nuclear ucraniana de Zaporizhzhia. Durante uma reunião de emergência em Viena, Grossi destacou que os ataques à central nos levaram a uma fase crucial do conflito, colocando em risco a segurança nuclear na região.

A central de Zaporizhzhia, ocupada pela Rússia desde 2022, foi alvo de uma série de ataques com drones no último domingo, com Moscou e Kiev se acusando mutuamente. Esses ataques foram os primeiros desde novembro de 2022 a terem como alvo direto a maior central nuclear da Europa, segundo a AIEA, que possui especialistas no local.

Grossi enfatizou a importância de parar os ataques, destacando que atacar instalações nucleares não é uma opção viável e pediu por moderação máxima. O embaixador russo na AIEA, Mikhail Ulyanov, demonstrou satisfação com a reunião, enquanto a Ucrânia criticou a “campanha de desinformação” promovida por Moscou.

Desde a invasão russa à Ucrânia em 2022, o conselho de governo da AIEA já aprovou quatro resoluções condenando as ações da Rússia contra as instalações nucleares ucranianas. A central de Zaporizhzhia, localizada na cidade de Energodar, tem sido alvo frequente de ataques e bombardeios nos últimos anos, o que levanta preocupações sobre a segurança nuclear na região.

Diante desse cenário preocupante, a comunidade internacional precisa estar atenta e agir de forma coordenada para evitar uma escalada ainda maior de conflitos que coloquem em risco a estabilidade e segurança não apenas da Ucrânia, mas de toda a região. Medidas urgentes e eficazes são necessárias para garantir a proteção das instalações nucleares e prevenir potenciais desastres.

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