Presidente da OAB-RJ e Comissão de Direitos Humanos pedem informações sobre inquéritos inconclusivos na Delegacia de Homicídios do Rio

Na última quarta-feira (10), o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – seção Rio (OAB-RJ), Luciano Bandeira, juntamente com o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária, José Agripino da Silva Oliveira, se reuniram com o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, para solicitar informações sobre os inquéritos policiais inconclusivos e arquivados durante o período em que os delegados Rivaldo Barbosa e Giniton Lages estiveram à frente da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).

A OAB-RJ também requisitou acesso aos documentos pertinentes ao caso, a fim de verificar detalhadamente as investigações em andamento. Além disso, o pedido de informação se estende ao período em que Rivaldo Barbosa ocupava o cargo de secretário de Polícia Civil do Rio, antes de sua prisão preventiva por obstrução das investigações relacionadas à morte de Marielle Franco e Anderson Gomes.

A Procuradoria-Geral de Justiça do Estado e a DHC também estão sendo cobradas pela OAB-RJ, que busca ainda acesso aos inquéritos e manifestações do Ministério Público que opinaram pelo arquivamento de casos durante o período em questão. A Ordem solicita, ainda, que os inquéritos realizados sob a supervisão do delegado Giniton Lages sejam revistos, uma vez que ele também é alvo de investigação da Polícia Federal no caso Marielle Franco.

As investigações da Polícia Federal apontam para possíveis estratégias adotadas para dificultar o andamento das investigações conduzidas pela Polícia Civil, o que tem gerado grande repercussão na mídia. José Agripino reforçou o compromisso da OAB-RJ com a democracia e a sociedade civil, ressaltando a importância de esclarecer as suspeitas levantadas e garantir a celeridade nas apurações. A Ordem reafirma, assim, seu papel histórico na defesa da ordem jurídica do Estado Democrático de Direito.

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