CDC emite alerta para médicos após identificação de casos de gripe aviária H5N1 em vacas leiteiras e pessoa nos EUA.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA emitiu este mês um alerta aos médicos para ficarem atentos a possíveis casos de infecção pelo vírus influenza aviária de alta patogenicidade, conhecido como IAAP/H5N1. A recomendação veio após a identificação de vacas leiteiras infectadas e de uma pessoa que contraiu o vírus por contato com esses animais.

Segundo a professora da Universidade de São Paulo (USP) e presidente da Sociedade Brasileira de Virologia, Helena Lage Ferreira, especialista no estudo do H5N1, é necessário manter vigilância, pois o vírus continua se espalhando globalmente. No entanto, ela ressalta que não há motivo para pânico.

A situação mundial é caracterizada por uma panzootia, ou seja, uma pandemia em animais. O vírus se espalhou entre as aves em todos os continentes, inclusive na Antártica, sendo letal para espécies comerciais como galinhas. Apesar disso, os casos em humanos são isolados e não há transmissão entre pessoas, ocorrendo apenas por contato com animais infectados.

Nos Estados Unidos, a vigilância é intensa e a detecção da infecção em vacas leiteiras foi possível devido à estrutura robusta de monitoramento. Os casos não apresentaram sinais clínicos evidentes, mas a queda na produção de leite e do apetite alertou para a presença do vírus.

Quanto à vigilância no Brasil, sobretudo nas regiões litorâneas por onde chegam aves migratórias, é essencial para controlar a disseminação do vírus. A rápida identificação e compartilhamento do sequenciamento genético entre países tem sido fundamental para monitorar o H5N1 e evitar uma epidemia em humanos e animais de criação.

O Instituto Butantan, no Brasil, possui a capacidade de produzir rapidamente uma vacina pré-pandêmica contra o H5N1, se necessário. O esforço global de vigilância e controle visa evitar a propagação do vírus e uma possível crise de saúde pública.

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