EUA e China se preparam para uma nova guerra com drones equipados com inteligência artificial: a era dos enxames de drones.

Em meio a uma escalada de rivalidade entre os militares dos Estados Unidos e da China, observamos a preparação para um novo tipo de guerra em que os drones desempenham um papel de destaque. Esquadrões de drones aéreos e marítimos equipados com inteligência artificial estão sendo integrados para atuar em conjunto, criando um enxame de máquinas assemelhando-se a abelhas operando para derrotar um inimigo.

Neste cenário imaginado pelos planejadores, centenas e até milhares de drones podem estar envolvidos em uma batalha coordenada. Com um único controlador supervisionando dezenas de drones, alguns seriam responsáveis por explorar enquanto outros partiriam para o ataque. Além disso, esses drones seriam capazes de ajustar suas missões e objetivos com base em programações prévias, sem depender necessariamente de uma ordem direta.

Essa corrida armamentista por enxames de drones entre as duas superpotências mundiais nos remete a um período que faz lembrar a Guerra Fria. No entanto, a tecnologia dos drones se apresenta como um desafio ainda maior, pois pode ser mais difícil de conter do que as armas nucleares. Com o avanço dos softwares que impulsionam as capacidades desses enxames de drones, existe o receio de que nações e grupos militantes possam facilmente adquirir suas próprias frotas de drones letais.

O Pentágono está acelerando o desenvolvimento de drones baratos e descartáveis para enfrentar a crescente assertividade chinesa, especialmente em relação à reivindicação territorial sobre Taiwan. Enquanto os Estados Unidos argumentam que não têm escolha senão acompanhar o ritmo de Pequim, as autoridades chinesas afirmam que as armas habilitadas por inteligência artificial são inevitáveis e, portanto, também precisam possuí-las.

Ambas as potências têm mantido seus avanços em drones em sigilo, o que torna incerto qual país terá vantagem nesse cenário. Os drones são prioridade há anos para os militares de ambas as nações, e os recentes avanços indicam que o futuro dos conflitos militares pode estar cada vez mais nas mãos dos robôs. A única certeza que temos é que a era dos drones está apenas começando, e o desafio será garantir que essa tecnologia seja usada de forma responsável e controlada.

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