De acordo com informações fornecidas por um funcionário da Casa Branca à AFP nesta sexta-feira, um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional confirmou a realização da reunião, que teve como principal objetivo expressar as preocupações dos Estados Unidos em relação ao processo eleitoral na Venezuela.
O governo do presidente Joe Biden havia suspendido as sanções ao setor energético e ao ouro venezuelano em outubro do ano passado, em troca de um acordo entre o presidente Nicolás Maduro e a oposição visando a realização de eleições democráticas no país, marcadas para 28 de julho.
No entanto, a principal adversária de Maduro, María Corina Machado, que obteve mais de 90% dos votos nas primárias da oposição, foi impedida de concorrer. Diante disso, ela indicou a filósofa e professora universitária Corina Yoris como sua substituta, mas o nome de Yoris foi vetado sem explicação pelo Conselho Nacional Eleitoral.
Diante desse cenário, os Estados Unidos têm alertado que, caso o governo venezuelano continue interferindo no processo eleitoral, as sanções serão reinstauradas. Washington considera fraudulenta a reeleição de Maduro em 2018 e já reativou as sanções à estatal venezuelana de mineração de ouro em janeiro deste ano.
Embora a Venezuela possua as maiores reservas comprovadas de petróleo do mundo, a produção diária do país caiu drasticamente, alimentando ainda mais a preocupação dos Estados Unidos com a situação política na nação sul-americana. A incerteza em relação ao desenrolar do processo eleitoral na Venezuela levanta questões cruciais sobre o futuro político do país e a relação com os Estados Unidos.