No entanto, a família da intercambista optou por trazê-la de volta ao Brasil devido aos altos custos do tratamento nos Estados Unidos. Em apenas 50 dias de internação, foram gastos cerca de US$ 500 mil, o equivalente a aproximadamente R$ 2,53 milhões na cotação atual. A cada diária no hospital, o valor ultrapassa os US$ 10 mil. Portanto, para a transferência de Cláudia de volta ao Brasil, a família estima que precisará de ao menos US$ 200 mil, cerca de R$ 1 milhão.
A irmã da intercambista, Luisa Alburqueque Celada, de 28 anos, destacou a importância da proximidade da família e dos amigos para uma recuperação mais rápida. Ela ressaltou que a doença foi tão rara que até os médicos tiveram que estudar sobre o botulismo para tratá-la da melhor forma possível.
O botulismo é uma doença grave e rara causada pela bactéria Clostridium botulinum, que tem o potencial de paralisar o corpo humano. No caso de Cláudia, a principal suspeita é que ela tenha sido infectada por alimentos contaminados, como produtos enlatados, comuns nos Estados Unidos.
Apesar da complexidade da doença, os médicos estão otimistas em relação à recuperação completa da intercambista. Após um diagnóstico que demorou 15 dias para ser concluído, Cláudia apresentou sinais de melhora recentemente, conseguindo até mesmo escrever seu primeiro nome e respirar por um período sem o auxílio de respiradores.
Atualmente, a família está em busca de recursos para a transferência de Cláudia de volta ao Brasil, contando com a solidariedade de parentes e amigos por meio de uma vaquinha online. O custo da ambulância aérea para o transporte é de US$ 200 mil, e até mesmo o Itamaraty foi solicitado para auxílio na transferência, sem um retorno positivo até o momento. O Ministério das Relações Exteriores afirmou que não há previsão legal para o custeio das despesas médicas de brasileiros no exterior, mas está disposto a prestar a assistência consular necessária à intercambista.