Professores de universidades federais do Brasil aprovam greve por reajuste salarial e equiparação de benefícios aos legislativo e judiciário

Professores de instituições federais em todo o Brasil estão mobilizados em uma greve histórica, reivindicando reajuste salarial e equiparação dos benefícios dos servidores públicos federais aos concedidos ao legislativo e judiciário até o ano de 2024. A mobilização já atingiu pelo menos 30 institutos federais, onde os servidores técnico-administrativos estão em greve há cerca de um mês.

Toda essa movimentação começou a se intensificar em Pernambuco, mais precisamente na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), onde os professores estão organizando uma assembleia no dia 17 deste mês para debater a adesão à greve. O estado tem sido um dos epicentros desse movimento, que se espalhou por toda a rede federal de ensino, com 69 universidades federais e 38 institutos federais.

Os profissionais da educação têm demandas específicas, como um reajuste salarial de 22%, dividido em três parcelas iguais ao longo dos anos 2024, 2025 e 2026. Enquanto isso, os servidores técnico-administrativos reivindicam um reajuste de 34%, também dividido em três parcelas para esse mesmo período. Ambos os grupos alegam que esses reajustes são necessários para compensar as perdas salariais acumuladas desde o governo de Michel Temer.

Diante dessas reivindicações, o governo propôs um aumento nos benefícios e auxílios oferecidos aos servidores públicos federais, incluindo um aumento de 52% no auxílio-alimentação, passando de R$ 658 para R$ 1.000. No entanto, a proposta de não haver reajuste salarial em 2024 desagradou aos sindicatos, que pedem a recomposição salarial ainda neste ano.

Além das questões salariais, os servidores públicos federais também fizeram outra pauta de reivindicações, como a revogação de leis implementadas nos últimos governos e um compromisso de negociação prévia a respeito da PEC da Reforma Administrativa. O Ministério de Gestão e Inovação declarou que vem trabalhando para buscar alternativas que valorizem os servidores da educação, mas os sindicatos seguem mobilizados e aguardam por avanços nas negociações.

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