Segundo Amorim, a ação do Irã é uma retaliação ao bombardeio do consulado do país na Síria no último dia 1º, que resultou na morte do comandante da Guarda Revolucionária do Irã. Após esse episódio, o Irã anunciou que iria revidar, o que culminou no ataque deste final de semana.
O ex-ministro enfatizou que o governo brasileiro está atento e preocupado com a situação, embora ainda não tenha tido a oportunidade de discutir o assunto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Amorim não descarta a possibilidade de o presidente se pronunciar sobre os ataques em breve.
Além disso, a relação entre o Brasil e Israel encontra-se abalada devido a declarações polêmicas do ex-presidente Lula, que comparou a morte de palestinos na faixa de Gaza ao genocídio de judeus. Como consequência, Israel considerou Lula persona non grata, o que intensificou a crise diplomática entre os países.
Amorim explicou que, em decorrência desse quadro, as comunicações entre os governos estão prejudicadas, sem diálogo ou contato. Diante dessa situação, o ex-ministro, que possui vasta experiência em questões de Relações Exteriores, sugeriu que uma medida emergencial seria convocar o Conselho de Segurança para discutir a complexa situação no Oriente Médio.
Assim, a comunidade internacional acompanha com apreensão os desdobramentos desse conflito entre Irã e Israel, que coloca em xeque a estabilidade e a paz na região. A incerteza quanto aos próximos passos e a possibilidade de uma escalada ainda maior de violência mantêm o mundo em alerta para os desdobramentos dessa crise de proporções globais.