A pesquisa foi realizada com 1.735 pessoas nas Filipinas, onde foram analisados os históricos reprodutivos e amostras de DNA dos participantes ao longo de seis anos. Os cientistas utilizaram seis “relógios epigenéticos” para estimar a idade biológica dos participantes com base nos padrões de metilação do DNA. Em particular, 825 mulheres jovens foram estudadas.
Os resultados foram surpreendentes, mostrando que as mulheres que relataram estar grávidas com mais frequência ao longo do período de acompanhamento apresentaram um aumento maior no envelhecimento biológico. Mesmo após considerar variáveis socioeconômicas, tabagismo, variação genética e ambiente construído dos participantes, a relação entre gravidez e envelhecimento biológico permaneceu evidente.
O pesquisador associado do Columbia Aging Center, Calen Ryan, afirmou que as descobertas indicam que a gravidez acelera o envelhecimento biológico, especialmente em mulheres jovens e com alta fertilidade. Ele ressaltou que este estudo foi o primeiro a acompanhar as mesmas mulheres ao longo do tempo, mostrando uma correlação direta entre o número de gestações e o envelhecimento biológico.
Esses resultados são importantes para a compreensão dos impactos da gravidez no processo de envelhecimento das mulheres. Ainda há muito a ser estudado nessa área, mas os cientistas estão avançando na compreensão dos mecanismos que ligam a gravidez ao envelhecimento biológico. Este estudo abre portas para novas pesquisas que poderão trazer mais informações valiosas sobre essa relação complexa.
