Onda de violência atinge aldeias palestinas na Cisjordânia após desaparecimento e morte de adolescente israelense em ação “terrorista”.

A Cisjordânia ocupada está passando por uma onda de violência desencadeada pelo desaparecimento e morte de um adolescente israelense de 14 anos. Benjamin Achimeir, um pastor de ovelhas, desapareceu enquanto pastoreava suas ovelhas perto de Al Mughayyir e seu corpo foi encontrado no sábado. O Exército atribuiu a morte a um ataque terrorista, o que desencadeou uma série de ataques contra aldeias palestinas ao norte de Ramallah.

Os colonos israelenses atacaram várias cidades palestinas, causando danos e ferindo moradores. Houve relatos de incêndios em casas, campos e edifícios, com nuvens de fumaça sendo vistas em toda a região. O prefeito de Al Mughayyir descreveu o ataque dos colonos como violento, com destruição em massa.

As autoridades israelenses pediram calma e afirmaram que estão perseguindo os responsáveis pela morte do adolescente. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu condenou o ataque e instou os cidadãos a permitirem que as forças de segurança façam seu trabalho. O ministro da Defesa alertou contra atos de vingança, enquanto o líder da oposição condenou a violência dos colonos.

Do lado palestino, o primeiro-ministro Mohamed Mustafa condenou os ataques e afirmou que o povo palestino não será dissuadido de permanecer em suas terras. Houve relatos de mortes e feridos, incluindo várias casas e fazendas queimadas na região.

A violência na Cisjordânia ocorre em um contexto de crescente tensão desde o início do conflito entre Israel e o Hamas em Gaza. A relatora especial da ONU para os Territórios Palestinos ocupados pediu uma presença de proteção da ONU na região para conter a violência. A situação na região permanece volátil, com a comunidade internacional acompanhando de perto os desdobramentos.

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