A situação é ainda mais preocupante devido ao envelhecimento da população japonesa. Estima-se que até 2050, um em cada cinco domicílios será composto por idosos. Atualmente, o Japão enfrenta um desequilíbrio demográfico, com uma pirâmide populacional inversa, onde a base, representada por pessoas mais jovens, está diminuindo em relação ao topo, formado por idosos. Cerca de 29,1% da população japonesa tem mais de 65 anos, enquanto apenas 11,4% têm menos de 15 anos.
Para tentar reverter essa situação, o governo japonês tem adotado medidas, como a abertura para a imigração de trabalhadores estrangeiros qualificados. Essa iniciativa visa suprir a demanda por mão de obra e aliviar os efeitos negativos do declínio populacional. Além disso, o primeiro-ministro Fumio Kishida anunciou um pacote de ajuda no valor de US$ 25 bilhões para estimular os nascimentos e conter a queda na taxa de natalidade.
No entanto, apesar desses esforços, a tendência de declínio populacional persiste, e o Japão se vê diante de um cenário preocupante. O aumento no número de idosos morando sozinhos, somado ao adiamento no casamento e na decisão de ter filhos por parte dos jovens japoneses, agravam ainda mais a crise demográfica no país. A sustentabilidade das funções sociais e dos sistemas de saúde e cuidados de longa duração estão ameaçados pela falta de uma população ativa capaz de financiá-los.
Diante desses desafios, o Japão enfrenta uma encruzilhada. Será fundamental adotar medidas mais abrangentes e eficazes para reverter a queda populacional e garantir um futuro próspero e sustentável para a nação nipônica.