Segundo a psicóloga Rossana Rameh, a estereotipagem dessas atividades como exclusivas para idosos tem um impacto significativo na saúde mental dos mais velhos, contribuindo para altas taxas de depressão. A falta de propósito e conexão social são fatores desencadeadores da doença, que afeta cerca de 20% a 30% dos idosos no Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
Para pessoas como Maria Ceci de Melo Alencar, de 77 anos, a idade não é um limitante para novas conquistas. Com uma vasta trajetória acadêmica e profissional, ela embarca agora em sua quarta pós-graduação, dedicando-se à realização de um antigo sonho: escrever um romance. Ceci enxerga o envelhecimento como uma oportunidade de expandir horizontes, mantendo-se confiante em seus projetos e inspirando-se na busca constante pelo conhecimento.
Assim como Ceci, Lula Holanda, aos 70 anos, alcançou feitos impressionantes ao completar 81 mil quilômetros corridos e fundar um dos maiores grupos de corrida do Recife. Sua filosofia de vida de “nunca é tarde” o impulsiona a buscar novos desafios, inclusive a preparação para correr 10 voltas diárias durante 7 dias no Parque da Jaqueira em comemoração aos seus 70 anos.
Outro exemplo inspirador é Audicéa Bandeira, que aos 77 anos encontrou no Carnaval a renovação de sua alegria de viver. Mesmo enfrentando desafios de saúde, ela não desiste de cuidar de si e de manter viva a chama do seu grande sonho. Audicéa representa a determinação e a capacidade de reinventar-se em qualquer idade.
Essas histórias de superação e vitalidade nos mostram que a idade não deve ser um impedimento para a realização de sonhos e conquistas. Ao contrário, é um convite para explorarmos novas possibilidades, cultivarmos nossas paixões e mantermos viva a chama da vida em qualquer fase. Vamos olhar para a velhice com um novo horizonte de oportunidades e celebração da sabedoria adquirida ao longo dos anos.