Apesar de ter sido descoberta há 115 anos, a Doença de Chagas ainda é considerada um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que entre seis a sete milhões de pessoas em todo o mundo estejam infectadas pela doença. No Brasil, o estado do Pará lidera em número de casos, sendo responsável por 80% das ocorrências no país apenas em 2022, conforme dados do Ministério da Saúde.
Em Pernambuco, em 2019, ocorreu um surto de Chagas em Imbimirim, Sertão, onde 40 pessoas foram contaminadas durante um retiro religioso. A transmissão pode ocorrer através da picada do inseto, consumo de alimentos infectados ou de mãe para filho, durante a gestação ou parto. Por isso, é essencial um diagnóstico precoce, que é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o estado de Pernambuco.
A Dra. Silvia Marinho Martins, coordenadora da Casa de Chagas, destacou que a fase aguda da doença apresenta sintomas como dor de cabeça, mal-estar e inchaço nas extremidades, enquanto na fase crônica é possível controlar a doença, mas não há cura. O tratamento concentra-se no uso de medicamentos para matar o parasita e no controle dos sintomas.
Um ponto de atenção em Pernambuco é a produção de um único medicamento para tratar o parasita causador da Doença de Chagas, feita pelo Laboratório Farmacêutico do Estado (Lafepe). A Casa de Chagas mantém a produção desse medicamento, que também é distribuído para outros países da América Latina.
A programação especial da Casa de Chagas inclui palestras, rodas de conversa, webinar e exposição, sempre das 8h às 14h. Diversas atividades educativas serão oferecidas ao público ao longo da semana, visando conscientizar sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da Doença de Chagas.
