Esta crença levou pesquisadores portugueses a investigarem os efeitos do café no estado de vigília das pessoas. O professor Nuno Sousa, da Universidade do Minho, liderou o estudo que buscou compreender os mecanismos por trás dessa sensação de alerta proporcionada pelo café.
Para a pesquisa, foram recrutados participantes que consumiam pelo menos uma xícara de café por dia. Eles foram submetidos a entrevistas, ressonâncias magnéticas funcionais e ficaram sem consumir cafeína por algumas horas antes do estudo.
Os pesquisadores esperavam encontrar uma maior integração de redes cerebrais relacionadas à memória executiva e introspecção em quem consumia café. No entanto, os resultados surpreenderam: a conectividade da rede de modo padrão diminuiu após o consumo de café, mostrando que a bebida prepara o corpo para a transição do repouso para a ação.
Além disso, a cafeína presente no café aumentou a conectividade em redes relacionadas à memória de trabalho e controle cognitivo. Esses efeitos não foram observados quando os participantes consumiram apenas cafeína, destacando a importância da experiência sensorial associada ao café.
A estudante Brenda Rodrigues, adepta do hábito de tomar café diariamente, destaca que se sente mais energizada e disposta para o dia após a ingestão da bebida. Ela afirma que não consegue se imaginar sem seu cafezinho matinal, mostrando a dependência que muitas pessoas desenvolvem em relação ao café.
Os pesquisadores ressaltam que ainda há muito a ser explorado sobre os efeitos do café no cérebro e que novos estudos podem trazer mais informações sobre os benefícios e possíveis riscos associados ao consumo da bebida. Por enquanto, a recomendação é desfrutar do tradicional café brasileiro com moderação e apreciar não só o sabor, mas também os efeitos que ele pode proporcionar.
