Anteriormente, Israel lidava com ataques aéreos do Hamas e da Jihad Islâmica, que contavam com um arsenal de foguetes relativamente imprecisos. No entanto, os armamentos utilizados pelo Irã no último final de semana têm a capacidade de atingir distâncias maiores e em menor tempo. Apesar disso, autoridades militares israelenses afirmam que a grande maioria dos mísseis e drones disparados pelo Irã foram interceptados, em muitos casos com o auxílio das forças dos Estados Unidos.
De acordo com informações das autoridades israelenses, foram disparados 185 drones, 36 mísseis de cruzeiro e 110 mísseis superfície-superfície em direção a Israel, principalmente provenientes do Irã, mas também com uma pequena porção vinda do Iraque e do Iêmen. Especialistas em armamento apontam que o Irã utilizou um míssil de cruzeiro chamado Paveh 351, desenvolvido pelo Corpo de Guardas Revolucionários Islâmicos, que possui um alcance superior a 1.200 milhas, possibilitando atingir Israel a partir do Irã.
Além disso, Jeffrey Lewis, membro do Conselho Consultivo de Segurança Internacional do Departamento de Estado dos EUA, afirmou que o Irã estava utilizando mísseis de cruzeiro de ataque terrestre capazes de transportar cerca de uma tonelada de explosivos. Esse episódio demonstra a crescente sofisticação do armamento iraniano e sua capacidade de desafiar Israel em um cenário de constante tensão na região do Oriente Médio.
As últimas décadas têm sido marcadas pelo foco do Irã em modernizar seu arsenal bélico, incluindo mísseis de longo alcance, drones e defesas aéreas. Expertise militar que vem consolidando o país como um dos principais exportadores de armamentos globalmente. Diante desse novo contexto, Israel e Estados Unidos têm sido pressionados a reavaliar suas estratégias de defesa e investir em equipamentos mais avançados para garantir a segurança do território israelense diante das ameaças representadas pelo Irã.
