Israel e Irã se acusam na ONU e pedem sanções um contra o outro, aumentando a tensão no Oriente Médio.

Israel e Irã trocam acusações na ONU em uma reunião de emergência realizada no último domingo. O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, destacou que o Irã é o principal patrocinador global do terrorismo e desestabilizador da região e do mundo. Ele instou o Conselho de Segurança a impor sanções contra Teerã, após o ataque sem precedentes com drones e mísseis iranianos contra Israel, que deixou doze feridos.

Erdan pediu a imposição de todas as sanções possíveis ao Irã, citando o acordo nuclear de 2015, abandonado pelos Estados Unidos em 2018. Enquanto isso, o embaixador adjunto dos Estados Unidos, Robert Wood, ressaltou a necessidade de o Irã respeitar as resoluções do Conselho de Segurança da ONU.

Por sua vez, o embaixador iraniano na ONU, Amir Saeid Iravani, justificou o ataque do Irã, que foi uma resposta à ofensiva aérea contra o consulado de Teerã em Damasco atribuída a Israel. O diplomata iraniano ressaltou que Teerã não deseja uma escalada, mas responderá a qualquer ameaça ou agressão.

António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, alertou para uma possível intensificação do conflito no Oriente Médio. Ele clamou por um cessar-fogo imediato em Gaza e ressaltou a importância da moderação para evitar uma escalada do conflito entre Israel e Irã.

O mundo, segundo Guterres, não pode se permitir mais guerras no Oriente Médio, que já está à beira do abismo. O secretário-geral alertou para os perigos de um conflito generalizado e devastador na região, destacando a necessidade urgente de desescalada e distensão.

Em meio à tensão crescente entre Israel e Irã, o Conselho de Segurança da ONU se vê diante do desafio de evitar um agravamento do conflito e promover o diálogo para uma solução pacífica para a região.

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