Tensões entre Israel e Hamas ameaçam trégua em Gaza: Acusações Mútuas e Esforços de Mediação em Risco

Israel e o movimento islamista palestino Hamas estão envolvidos em uma complicada situação de negociações indiretas de trégua na Faixa de Gaza. Ambas as partes se acusam mutuamente de tentarem sabotar as conversas, mas até o momento, a trégua não foi rompida.

No último sábado (13), o Hamas anunciou que deu sua resposta à última proposta dos mediadores, no mesmo dia em que o Irã lançou um ataque sem precedentes com centenas de drones e mísseis contra Israel. Essa ação complicou ainda mais o cenário já tenso na região.

O Hamas, que governa em Gaza, reafirmou suas principais exigências, que incluem um cessar-fogo permanente e a retirada do Exército israelense do território palestino. Por outro lado, Israel se opõe categoricamente a essas propostas, o que gera um impasse nas negociações.

O Ministério da Saúde de Gaza divulgou um relatório neste domingo (14) informando que nas últimas 24 horas, 43 pessoas morreram na região devido aos conflitos. No total, desde o início da ofensiva israelense, já foram registradas 33.729 mortes, agravando ainda mais a situação humanitária no território devastado pela guerra.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou o Hamas de ser o único obstáculo para um acordo de trégua que poderia permitir a libertação dos reféns detidos em Gaza. Netanyahu reiterou sua oposição às exigências do movimento islamista, o que evidencia a complexidade das negociações.

Mesmo diante das divergências entre Israel e o Hamas, as negociações ainda estão em andamento, de acordo com Hasni Abidi, do Centro de Estudos e Pesquisa sobre o Mundo Árabe e Mediterrâneo. O plano apresentado no Cairo prevê uma trégua de seis semanas e a troca de reféns, mas as tensões na região continuam altas. É um cenário delicado e incerto, que exige que ambas as partes encontrem uma solução pacífica para a situação em Gaza.

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