Brasil avalia reação mais forte ao Irã em meio a escalada de tensão com Israel, dizem autoridades do governo

O Brasil está atento e disposto a ampliar as medidas em relação ao Irã caso o país do Oriente Médio intensifique o clima de tensão com Israel. A primeira nota divulgada pelo governo brasileiro no último sábado foi duramente criticada por entidades judaicas e pela oposição, que consideraram o posicionamento tímido por não condenar o ataque do Irã a Israel.

De acordo com fontes do Palácio do Planalto e do Itamaraty, a nota divulgada às 23h do último sábado foi elaborada com cautela devido às incertezas sobre a situação em curso. Um integrante do governo afirmou que “enquanto o texto era redigido, os drones iranianos se aproximavam”.

Mais de 300 drones e mísseis foram disparados pelo Irã contra o território israelense na noite de sábado, em uma ofensiva sem precedentes desde o início do conflito com o grupo terrorista palestino Hamas, na Faixa de Gaza. Israel conseguiu se proteger utilizando o “Domo de Ferro”, um escudo formado por mísseis interceptadores que combatem os projéteis inimigos no ar.

A nota emitida pelo Itamaraty foi discutida pelo chanceler Mauro Vieira e pelo assessor de assuntos internacionais do Palácio do Planalto, Celso Amorim, a partir das 19h de sábado, e recebeu a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ser divulgada.

O comunicado expressa a “grave preocupação” do Brasil com os relatos de envio de drones e mísseis do Irã em direção a Israel, alertando também países vizinhos, como Jordânia e Síria. O Brasil pede contenção e clamam que a comunidade internacional se mobilize para evitar uma escalada do conflito.

O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, criticou a posição do governo brasileiro e solicitou uma condenação mais clara por parte de Brasília aos ataques realizados. A situação permanece tensa e o governo brasileiro afirma estar monitorando de perto os desdobramentos para definir possíveis medidas adicionais em relação ao Irã.

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