Comandante do grupo dissidente das Farc abandona negociações de paz na Colômbia, deixando diálogos congelados com outros líderes guerrilheiros.

O comandante do grupo dissidente das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), conhecido como Iván Mordisco, surpreendeu ao abandonar as negociações de paz no país. O governo colombiano revelou que Mordisco, líder do Estado-Maior Central (EMC), não está mais na mesa de diálogo e sua localização é desconhecida, de acordo com Camilo González, chefe da delegação do governo nas negociações.

Essa decisão de Mordisco deixou a situação das negociações em um impasse, visto que o grupo está dividido internamente. No entanto, o governo pretende continuar as conversas com outros líderes guerrilheiros, mesmo que os diálogos estejam atualmente suspensos.

Andrey é apontado como o novo chefe da guerrilha nas discussões, já que supostamente controla mais da metade dos 3.500 combatentes do EMC. Com uma aparência característica de cabelos longos e adornado com joias luxuosas, Andrey era o porta-voz do grupo. A extensão do seu poder, no entanto, ainda é incerta.

Especialistas apontam que Mordisco era responsável pelo controle do tráfico de drogas milionário e das rotas ilegais de mineração, sobretudo na região amazônica. O enfraquecimento das negociações teve início em março, quando o presidente Gustavo Petro decretou o fim do cessar-fogo bilateral em três departamentos do sudoeste do país, após o assassinato de um líder indígena por insurgentes.

Além disso, o governo anunciou possíveis negociações com a dissidência La Segunda Marquetalia, uma facção rival do EMC liderada por Iván Márquez, ex-número dois das Farc. Apesar dos esforços pela paz, a violência e o tráfico de drogas seguem em alta na Colômbia, segundo relatório de organizações internacionais.

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