A descoberta foi considerada um marco importante não apenas para o entendimento de como o cérebro lida com os números, mas também para insights sobre os circuitos neurais envolvidos no processamento de números em animais e a associação dos genes à habilidade matemática. De acordo com Ke Ya, professora de ciências biomédicas da CUHK e uma das autoras do estudo, o bloqueio de uma parte específica do cérebro dos ratos, o córtex parietal posterior, afetou a capacidade de compreender os números, mas não o seu sentido de magnitude.
Os resultados, publicados na revista Science Advances, sugerem que o cérebro dos animais possui uma área específica para lidar com numerações. Os ratos demonstraram ser capazes de discriminar e categorizar três números diferentes em um único teste, o que supera uma simples comparação quantitativa, conforme destacado por Yung Wing-ho, professor titular de neurociência cognitiva na CityUHK.
Durante o experimento em laboratório, os roedores se concentraram nos números, ignorando outras influências ambientais, ao fazerem escolhas de recompensas alimentares. Isso demonstrou que os ratos aprenderam a desenvolver um senso numérico. Os pesquisadores acreditam que essas descobertas podem ser aplicadas no estudo da base neural da habilidade numérica em humanos, além de contribuir para o desenvolvimento de intervenções para indivíduos com dificuldades numéricas.
Em suma, o estudo abre caminho para uma maior compreensão dos mecanismos cerebrais relacionados ao processamento de números e seu potencial impacto no campo da inteligência artificial no futuro.