Lula participa de cúpula virtual da Celac para discutir invasão de embaixada no Equador e crise diplomática com o México

Em uma cúpula virtual realizada nesta terça-feira (16), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com chefes de Estado e de governo da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) para discutir um recente episódio de invasão da embaixada do México em Quito, Equador. A reunião foi convocada de forma extraordinária pela líder pro-tempore do bloco, a presidenta de Honduras, Xiomara Castro, e teve como principal objetivo analisar a situação que envolveu a tentativa de prisão do ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, que estava asilado na embaixada mexicana.

O ex-vice-presidente equatoriano foi condenado por corrupção pela Justiça de seu país e estava abrigado na embaixada do México, conforme a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas de 1961. No entanto, uma operação policial resultou na invasão da embaixada, desencadeando uma crise diplomática entre o Equador e o México. Como consequência, o governo mexicano rompeu relações com o Equador e retirou seus diplomatas do país.

Durante a reunião virtual, o presidente Lula expressou sua preocupação com a situação e pediu um pedido formal de desculpas do Equador em relação ao incidente. Além disso, defendeu a proposta da Bolívia de formar uma comissão integrada por países da Celac para acompanhar a evolução da situação do ex-vice-presidente Jorge Glas.

Diante das repercussões do caso, o México apresentou uma queixa contra o Equador na Corte Internacional de Justiça (CIJ) das Nações Unidas, solicitando a suspensão do país da ONU até que emita um pedido público de desculpas. Lula também destacou a importância da região em resolver suas diferenças por meio do diálogo e da diplomacia, e enfatizou a necessidade de restabelecer o diálogo e normalizar as relações entre Equador e México.

Em um momento em que a América Latina e o Caribe vivenciam um desafio diplomático sem precedentes, a cúpula da Celac mostrou a união dos países da região em busca de soluções pacíficas e colaborativas para resolver conflitos e fortalecer a integração regional.

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