De acordo com o governo de Bogotá, o grupo liderado pelo Estado-Maior Central (EMC) está atualmente dividido internamente, o que levou a decisão de negociar com outros líderes. Os diálogos estão atualmente congelados, mas o governo indicou Andrey como o novo chefe da guerrilha nas discussões, por supostamente comandar mais da metade dos 3.500 combatentes do EMC.
Especialistas apontam que Mordisco controla o tráfico de drogas milionário e as rotas ilegais de mineração, especialmente na região da Amazônia. Embora tenha pertencido às Farc, ele nunca aceitou o acordo de paz de 2016 e permaneceu oculto. Agora, o futuro das dissidências das Farc é incerto, sendo que o EMC pode deixar de existir ou enfrentar uma disputa interna pela marca entre as diferentes facções.
Os diálogos de paz começaram a enfraquecer recentemente, culminando no decreto do fim do cessar-fogo bilateral em alguns departamentos do país após um episódio violento. A situação se agravou, com soldados sendo destacados para enfrentar os combatentes do EMC, levando a confrontos que resultaram em mortes de guerrilheiros e ataques a bomba em cidades colombianas.
A conturbada situação levou a incertezas sobre o futuro das negociações de paz no país. As declarações de comandantes dissidentes indicaram obstáculos para um acordo, como a recusa em entregar armas ou se submeter à Justiça especial. Enquanto o governo busca resolver o conflito de meio século, as violações das tréguas e a continuidade da violência mostram o desafio constante na busca pela paz na Colômbia.