Anvisa nega propriedades terapêuticas de produtos regularizados com termo “Aliviozon” após anúncio fake com Dráuzio Varella

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se pronunciou sobre a polêmica envolvendo produtos regularizados com o termo “Aliviozon” e negou que tenham propriedades terapêuticas ou atribuições de tratamento. Segundo a Anvisa, existem dois cosméticos regularizados com esse termo, os quais são regulamentados por meio de notificação e não por registro.

De acordo com a Anvisa, somente produtos regulamentados como medicamentos podem realizar alegações terapêuticas, de tratamento e de recuperação do estado de saúde. Portanto, a categoria de regularização dos produtos Aliviozon não permite a alegação de propriedades terapêuticas.

A polêmica ganhou destaque devido ao uso indevido da imagem do renomado médico Dráuzio Varella em um vídeo editado que sugeria o uso do produto para o tratamento de hemorroidas. O médico afirmou não ter dado tal relato e revelou que está incluindo mais esse registro em uma denúncia contra a empresa proprietária do Facebook e Instagram por uso indevido de sua imagem na propagação de notícias falsas relacionadas a tratamentos médicos sem eficácia.

Dráuzio Varella denunciou a recorrência de vídeos falsos usando sua imagem para promover tratamentos não comprovados e destacou a gravidade desse tipo de prática, que pode colocar em risco a saúde pública. Ele ressaltou que as plataformas digitais precisam ser mais responsáveis e colaborar para evitar a disseminação de informações falsas que levam as pessoas a acreditarem em tratamentos ineficazes.

O proctologista Fábio Campos também se manifestou, destacando que uma pesquisa em fontes científicas confiáveis não sustenta a eficácia do produto. Ele enfatizou que a utilização da imagem de Dráuzio Varella visa explorar a credibilidade do médico junto ao público e alertou sobre os riscos dessa prática.

A Anvisa esclareceu que o produto divulgado como Aliviozon não está registrado na agência, e a Meta, empresa responsável pelo Facebook e Instagram, afirmou estar aprimorando a tecnologia para combater atividades suspeitas. O caso levanta a discussão sobre a disseminação de informações falsas e a responsabilidade das plataformas digitais em coibir esse tipo de prática.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo