Segundo o chefe da UNRWA, o desmantelamento da agência teria implicações duradouras, piorando a crise humanitária em Gaza e acelerando a fome. A agência emprega mais de 30 mil pessoas na região, incluindo os territórios palestinos de Gaza e Cisjordânia, além de Líbano, Jordânia e Síria. No entanto, Israel acusa a UNRWA de ter mais de 400 terroristas entre seus funcionários em Gaza e de envolvimento em ataques perpetrados pelo grupo islamista Hamas.
Após as acusações de Israel, cerca de quinze países, incluindo os Estados Unidos, suspenderam seu financiamento à UNRWA. Assim, a agência enfrenta sérias dificuldades financeiras que comprometem sua capacidade de prestar assistência humanitária na região.
Lazzarini ressaltou que a UNRWA é fundamental para as operações humanitárias em Gaza, administrando escolas e hospitais que atendem uma população traumatizada pelo conflito. Ele alertou que o desmantelamento da agência tornaria quase impossível a tarefa de levar de volta à escola cerca de meio milhão de crianças profundamente afetadas pela violência.
Além disso, Lazzarini advertiu que a fome já ameaça o norte da Faixa de Gaza, onde milhares de civis morreram desde o início da ofensiva israelense. Ele destacou a importância da UNRWA na transição de um cessar-fogo para o “dia seguinte”, fornecendo serviços essenciais para uma população desesperada.
Diante desse cenário preocupante, Lazzarini pediu apoio internacional para garantir a continuidade das operações da UNRWA e evitar uma catástrofe humanitária na Faixa de Gaza. É essencial que a comunidade internacional se una para proteger os refugiados palestinos e garantir o acesso a serviços básicos, como educação e saúde, para as crianças da região.