Eleições de 2024 podem causar impacto nas finanças públicas devido ao aumento do gasto e queda na arrecadação, alerta FMI.

O ano de 2024 será marcado por um grande evento eleitoral em todo o mundo, conforme apontado pelo FMI. Com quase metade da população global apta a votar, a organização alerta para possíveis consequências fiscais decorrentes do aumento dos gastos públicos em diversos países.

Em uma entrevista à AFP, Vitor Gaspar, responsável pela política orçamentária do FMI e ex-ministro das Finanças de Portugal, ressaltou a natureza política da política fiscal, especialmente em anos eleitorais. Ele destacou que a tendência histórica de os Estados gastarem mais e tributarem menos durante períodos eleitorais pode se confirmar em 2024.

O contexto atual, marcado por crises importantes como a pandemia de Covid-19, gerou um cenário desafiador para os governos. Além disso, o aumento das taxas de juros para conter a inflação coloca pressão adicional sobre as finanças públicas, exigindo dos governantes a busca por equilíbrio entre funcionalidade e compromissos financeiros.

Nesse sentido, o FMI recomenda que os governos ajam com cautela para evitar o aumento dos déficits fiscais, algo que tende a ocorrer com mais frequência em anos eleitorais, conforme apontado por Gaspar.

Diante desse cenário, a preocupação em garantir a estabilidade econômica e o equilíbrio fiscal ganha ainda mais relevância em meio ao turbulento contexto eleitoral que se aproxima. A busca por formas de conciliar a necessidade de investimentos públicos com a manutenção da responsabilidade fiscal se torna imperativa para evitar desequilíbrios e impactos negativos nas economias mundiais.

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