Os réus foram denunciados pelos crimes de organização criminosa, lavagem de capitais, extorsão e apropriação indébita. Porém, devido ao sigilo que envolve a operação, a Justiça e o Ministério Público optaram por não divulgar os nomes dos acusados.
A Operação Fim da Linha foi iniciada na semana passada e resultou na prisão de sete pessoas, sendo que uma delas foi capturada ontem, durante a Operação Muditia. Durante as ações, as autoridades apreenderam diversas armas, munições, dinheiro em espécie, computadores, HDs, pen drives, dólares e barras de ouro.
Segundo a denúncia do Ministério Público, entre os anos de 2014 e 2024, os acusados injetaram mais de R$ 20 milhões em uma cooperativa de transporte público da zona leste de São Paulo, que acabou se tornando a empresa UpBus. Esses recursos teriam origem ilícita e seriam provenientes de atividades criminosas relacionadas ao tráfico de drogas e roubos, entre outros crimes.
Já na empresa Transwolff (TW), entre os anos de 2008 e 2023, dez pessoas teriam constituído uma organização criminosa para cometer crimes como apropriação indébita, extorsão, lavagem de dinheiro e fraudes em licitações. Estima-se que tenham sido lavados cerca de R$ 54 milhões provenientes do tráfico de drogas dentro dessa companhia de transporte.
Diante dessas revelações trazidas à tona pela investigação, a prefeitura de São Paulo decidiu intervir nas duas empresas, assumindo o controle das linhas de ônibus através da SPTrans. Tal intervenção foi comunicada por meio de uma edição extraordinária no Diário Oficial. A gestão municipal, liderada pelo prefeito Ricardo Nunes, tomou essa medida para garantir a continuidade dos serviços oferecidos à população da cidade.