Professores da UFPE aprovam estado de greve com mais de 40 mil estudantes sem aulas a partir da próxima semana.

Professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) aprovaram o estado de greve em uma assembleia extraordinária realizada pela Associação dos Docentes (Adufepe) nesta quarta-feira (17). Com isso, os mais de 40 mil estudantes da instituição correm o risco de ficar sem aulas a partir da próxima semana, caso a paralisação de fato aconteça após o prazo legal de 72 horas da entrega dos documentos à reitoria.

A votação online contou com a participação de 1.737 professores, dos quais 899 foram a favor do estado de greve, 795 contra e 43 se abstiveram. O diretor da Adufepe, professor Audisio Costa, ressaltou a importância da união dos docentes na luta pela reconquista de direitos e pela melhoria dos salários. Da mesma forma, a presidente da associação, professora Teresa Lopes, destacou que a democracia prevaleceu no processo de votação, permitindo a participação de todos.

Os professores reivindicam um reajuste salarial de 22,7%. Essa ação faz parte de um movimento nacional, já que 51 universidades e 79 institutos federais estão em greve no Brasil. Os servidores públicos dessas instituições reivindicam reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária, além da revogação de normas aprovadas em governos anteriores.

Na tentativa de resolver a situação, o Ministério da Gestão informou que apresentará uma proposta para a categoria até sexta-feira (19). O presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Gustavo Seferian, revelou que uma proposta de reajuste de 4,5% foi inicialmente recusada, com a ausência de reajuste para 2024, o que levou à deflagração da greve.

A ministra de Gestão e Inovação, Esther Dweck, explicou que em 2023 o governo concedeu um reajuste de 9% para todos os servidores federais, o que impactou no orçamento de 2024. Enquanto os grevistas se mobilizam em Brasília, o Andes instalou o Comando Nacional de Greve para atuar nas negociações e reivindicações dos docentes em todo o país.

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