Segundo informações da agência Associated Press, o órgão teria realizado seis ou sete voos de “semeadura de chuvas” dias antes das tempestades atingirem o país. No entanto, o Centro Nacional de Meteorologia negou os relatos e afirmou que não realizou a semeadura de nuvens antes das fortes chuvas.
A técnica de “chuva artificial” consiste em bombardear nuvens com produtos químicos específicos, como iodeto de prata ou gelo seco, para estimular a ocorrência de chuvas. Essa prática tem sido utilizada pelos Emirados Árabes Unidos há décadas e tem como objetivo combater a escassez de água na região.
Especialistas ouvidos pela BBC destacaram que a intensidade das chuvas registradas nos Emirados Árabes Unidos foi resultado de um sistema meteorológico de baixa pressão “isolado” que trouxe ar quente e úmido para a região. O meteorologista Maarten Ambaum, da Universidade de Reading, ressaltou que o evento foi muito raro e que as precipitações foram as maiores em 75 anos.
As tempestades causaram caos na região, com rodovias congestionadas e cancelamentos de voos. A infraestrutura dos Emirados Árabes Unidos foi desafiada pelas fortes chuvas, que resultaram em inundações e uma morte. A região enfrenta agora a necessidade de adaptar-se a essa nova realidade climática, com estratégias de adaptação e investimentos em infraestrutura.
No entanto, o Centro Nacional de Meteorologia dos Emirados Árabes Unidos afirmou que não realizou operações de semeadura de nuvens antes ou durante a tempestade, enfatizando a importância da segurança da população. Diante desse cenário, fica a questão: até que ponto a intervenção humana pode influenciar o clima e as condições meteorológicas de uma região como os Emirados Árabes Unidos?