O reitor da UBA, Ricardo Gelpi, em entrevista coletiva nesta quinta-feira (18), alertou para a possibilidade iminente de fechamento da universidade caso a situação não seja revertida. Com mais de 300 mil alunos, a UBA é considerada a mais importante do país, e Gelpi ressaltou que nunca houve uma crise tão grave nos últimos 40 anos de democracia argentina.
Diante da emergência orçamentária declarada pela instituição, medidas de restrição foram adotadas, como o uso limitado de eletricidade e gás, levando a salas de aula e corredores na penumbra, sem ar condicionado ou aquecimento. Além disso, elevadores foram reservados apenas para pessoas com deficiência.
A comunidade universitária, juntamente com outras instituições de ensino em todo o país, convocou uma marcha nacional para o dia 23 de abril, em uma tentativa de ampliar a pressão contra os cortes. Nas últimas semanas, aulas públicas foram oferecidas nas ruas e um abraço simbólico foi dado ao hospital das Clínicas, instituição ligada à UBA que opera com sérias restrições devido à falta de recursos.
O governo se manifestou garantindo que as universidades não serão fechadas, porém a situação preocupa os estudantes, professores e funcionários da UBA, que continuam lutando por mais investimentos para a educação no país. O cenário de incerteza coloca em xeque o futuro de centenas de milhares de argentinos que dependem da universidade para sua formação e desenvolvimento profissional.