Repórter Recife – PE – Brasil

Glenn Greenwald e Elon Musk acusam juiz do STF de métodos “antidemocráticos” no combate à desinformação na internet.

O jornalista americano Glenn Greenwald, conhecido por sua atuação em questões relacionadas à democracia e liberdade de expressão, manifestou concordância com o empresário Elon Musk em relação às críticas feitas ao juiz do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O motivo da discordância gira em torno do uso de métodos considerados “antidemocráticos” por parte do juiz para combater a desinformação na internet.

Greenwald, que ganhou destaque em 2013 após a divulgação de documentos vazados por Edward Snowden sobre programas de vigilância da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, destacou em uma conferência que é fundamental preservar a democracia através de meios democráticos. Ele criticou as ordens emitidas por Moraes para bloquear contas de usuários em plataformas online, ressaltando a necessidade de um devido processo nesse tipo de ação.

Por sua vez, Moraes tem liderado uma campanha no Brasil contra a desinformação, especialmente no contexto das eleições de 2022, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro buscaram minar a credibilidade do sistema eleitoral. As ações do juiz provocaram reações, incluindo as críticas de Elon Musk, que chamou Moraes de “ditador” em suas redes sociais e se recusou a obedecer ordens judiciais para bloquear contas.

Diante deste cenário, Moraes determinou uma investigação sobre Elon Musk por suposta “instrumentalização criminosa” da plataforma online. Enquanto isso, Glenn Greenwald tem se posicionado como defensor da liberdade de expressão e denunciou, juntamente com outros colegas jornalistas, o que consideram ser atos de censura do juiz do STF.

Na opinião de Greenwald, a falta de um marco jurídico claro no Brasil permite que autoridades como Moraes assumam um poder excessivo em nome da democracia, o que, segundo ele, representa um perigo. O jornalista aponta para exemplos de outros países que adotam medidas de controle na internet, mas que também respeitam o direito à defesa dos envolvidos, algo que, segundo ele, ainda está ausente na realidade brasileira.

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