Novo estudo aponta potencial neuroprotetor do canabinol (CBN) em terapias para doenças neurológicas, como Alzheimer e Parkinson

Nos últimos anos, a pesquisa envolvendo medicamentos à base de canabidiol (CBD) e tetrahidrocanabinol (THC) tem ganhado destaque entre os cientistas. Estudos têm explorado os potenciais benefícios desses compostos para diferentes patologias, com foco em doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson.

Recentemente, um novo estudo realizado por pesquisadores do Instituto Salk para Pesquisas Biológicas, nos Estados Unidos, revelou o interesse da comunidade científica em um terceiro canabinoide menos conhecido, o canabinol (CBN). Segundo a pesquisa publicada na revista científica Redox Biology, o CBN demonstrou propriedades protetoras para o cérebro em experimentos de laboratório.

Os pesquisadores criaram quatro moléculas derivadas do canabinol que superaram a eficácia do próprio CBN em termos de neuroproteção. Esses resultados motivaram os cientistas a considerarem o potencial terapêutico do desenvolvimento de medicamentos baseados no canabinol, com destaque para uma das moléculas que se mostrou altamente eficaz no tratamento de lesões cerebrais em moscas de frutas.

A professora Pamela Maher, líder do estudo, destacou que tanto o CBN quanto seus derivados apresentam propriedades neuroprotetoras significativas e potencial terapêutico para diversos distúrbios neurológicos. Os pesquisadores identificaram que o CBN age na regulação mitocondrial, prevenindo a morte de neurônios e protegendo as células cerebrais contra danos oxidativos.

Diante desses resultados, os cientistas conduziram testes com análogos do CBN em células humanas e em modelos animais de lesão cerebral traumática. Um dos compostos, denominado CP1, demonstrou uma eficácia particularmente alta no tratamento dessas lesões.

Com base nesses promissores resultados, os pesquisadores planejam dar continuidade às investigações e aprimorar as moléculas derivadas do CBN para futuros usos terapêuticos em seres humanos. O estudo abre portas para novas possibilidades no campo da neuroproteção e no tratamento de doenças neurológicas, como Alzheimer e Parkinson.

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