Palestinos veem novo esforço frustrado na ONU para adesão plena como membros

Desde a partição da Palestina em 1947, quando judeus e árabes foram separados, a Organização das Nações Unidas (ONU) tem desempenhado um papel crucial no destino dos palestinos. Nesta quinta-feira (18), os palestinos testemunharam mais um esforço frustrado para serem reconhecidos como membros plenos da organização mundial.

Os Estados Unidos, historicamente aliados de Israel e que possuem poder de veto no Conselho de Segurança da ONU, utilizaram essa prerrogativa para rejeitar o pedido de adesão da Palestina. A proposta, apresentada pela Argélia, recebeu doze votos a favor, um contra e duas abstenções.

Desde a primeira partição em 1947, a relação entre os palestinos e a ONU tem sido marcada por momentos de tensão e frustração. Após a declaração de independência de Israel em 1948 e a guerra árabe-israelense que se seguiu, mais de 760 mil palestinos foram expulsos de suas casas, em um evento conhecido como “Nakba” – “catástrofe” em árabe.

Ao longo das décadas, a ONU emitiu uma série de resoluções em apoio à autodeterminação dos palestinos. Em 1974, Yasser Arafat, líder da OLP, fez um discurso histórico na Assembleia Geral, que reconheceu o direito dos palestinos à autodeterminação e à independência, concedendo à OLP o status de observador.

Mesmo com iniciativas de paz, como os Acordos de Oslo em 1993, as negociações entre israelenses e palestinos estagnaram em diversas ocasiões, muitas vezes devido à interferência dos Estados Unidos. Desde 1972, Washington utilizou seu poder de veto para apoiar Israel em mais de 30 ocasiões no Conselho de Segurança da ONU.

O veto dos EUA ao pedido de adesão palestino nesta quinta-feira reflete a posição do país em relação à questão palestina, que contrasta com a maioria dos Estados membros da ONU que reconhecem unilateralmente um Estado palestino. A luta dos palestinos pelo reconhecimento e pela paz continua, em meio a cenários de conflito e tensão na região.

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