Além disso, a comissão pede um plano de ação do Departamento de Estado sobre o tema, com prazo de resposta até 30 de abril. O deputado Jim Jordan, aliado de Donald Trump e integrante de uma ala ultradireitista do Partido Republicano, solicitou ainda a realização de um briefing com especialistas para discutir como o departamento pretende responder aos ataques à liberdade de expressão no Brasil.
Segundo o documento, o governo brasileiro estaria tentando coagir a X Corp. a bloquear contas consideradas colaboradoras da desinformação na plataforma de mídia social. Relatórios recentes indicam que o Tribunal Superior Eleitoral do Brasil e o Supremo Tribunal Federal teriam ordenado a remoção de mais de 100 contas no X desde 2022, incluindo críticos do governo brasileiro, como Jair Bolsonaro, políticos conservadores, jornalistas, integrantes do Judiciário, além de um cantor gospel e uma estação de rádio pop.
Um relatório divulgado por deputados republicanos da Comissão de Justiça compilou 88 despachos da Justiça brasileira para a remoção de conteúdo nas redes sociais. Elon Musk, dono do X, prometeu tornar públicas as ordens de Alexandre de Moraes, ministro do STF, para a derrubada de perfis em sua rede social. As decisões de Moraes visariam combater milícias digitais e a disseminação de informações falsas e ódio na internet.
Jim Jordan, ex-lutador e aliado de Trump, acusa o Partido Democrata de fraude na eleição presidencial de 2020. Ele é opositor da gestão Biden e atuou ativamente no processo de impeachment contra o presidente. O objetivo do relatório divulgado é investigar o envolvimento do Poder Executivo dos EUA na censura do discurso lícito nas redes sociais. A comissão aguarda as respostas do governo americano e está empenhada em elucidar a questão da censura nas plataformas de mídia social no Brasil.