A decisão de criar essa comissão vem em resposta a um incidente de contaminação por tolueno na estação Imunana-Laranjal, da Companhia Estadual de Águas (Cedae), ocorrido em 3 de abril, bem como a crises hídricas recentes que afetaram o Rio de Janeiro. O foco do CRQ-III é garantir a proteção da sociedade e, nesse sentido, a comissão se dedica a assuntos ambientais, buscando orientar e informar a população sobre questões relacionadas à química.
Segundo o presidente do Conselho Regional de Química do Rio, Harley Martins, a comissão tem como missão monitorar todas as atividades que representem algum risco para a população. Martins ressaltou que as análises realizadas diariamente nas estações de tratamento não são suficientes para detectar diversas substâncias químicas, incluindo o tolueno, e que os processos utilizados atualmente não garantem a remoção dessas substâncias da água.
Na primeira reunião da comissão, foram debatidos temas relevantes, como a necessidade de aprimorar os testes realizados nas estações de tratamento para identificar poluentes potencialmente prejudiciais à saúde humana, além de investimentos em laboratórios, tecnologias de tratamento e monitoramento contínuo. O grupo também alertou para a importância de um laboratório na ETA Imunana-Laranjal capaz de identificar qualquer alteração na água, priorizando a detecção de compostos químicos que representem riscos à saúde da população.
Com essa iniciativa, o CRQ-III demonstra seu compromisso com a segurança e a saúde pública, buscando soluções e práticas que garantam a qualidade da água de abastecimento no estado do Rio de Janeiro. A comissão seguirá trabalhando para aprimorar os processos de tratamento de água e proteger a população de possíveis contaminações no futuro.
