PGR recorre ao STF contra decisão de Nunes Marques que autorizou a retirada da tornozeleira eletrônica de contraventor Rogério Andrade

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou um recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (19) contra a decisão do ministro Nunes Marques que autorizou o contraventor Rogério Andrade a retirar a tornozeleira eletrônica. Andrade estava cumprindo a medida cautelar de recolhimento domiciliar noturno em função de processos a que responde no Rio de Janeiro, mas o ministro determinou a retirada do equipamento após um pedido feito pela defesa do contraventor. Na quinta-feira (18), Andrade compareceu à Polícia Civil do Rio para retirar a tornozeira.

A decisão de Nunes Marques gerou polêmica e levou a PGR a recorrer da decisão, que será julgada pela Segunda Turma da Corte. A data do julgamento ainda não foi definida e a íntegra da decisão do ministro está em segredo de Justiça.

Rogério Andrade é conhecido por ser patrono da escola de samba Imperatriz Leopoldinense e por explorar o jogo do bicho na zona oeste do Rio e em Angra dos Reis. Ele responde a processos relacionados com a Operação Calígula, que investiga a atuação de uma organização criminosa para favorecer negócios ilegais dos envolvidos no esquema.

A situação de Andrade é delicada, já que as medidas cautelares estabelecidas contra ele no final de 2022 foram relaxadas por uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A retirada da tornozeleira eletrônica levantou questionamentos sobre a possibilidade de o contraventor voltar a cometer crimes ou a interferir nas investigações em que está envolvido.

A PGR espera que o STF reveja a decisão de Nunes Marques e restabeleça as medidas cautelares contra Rogério Andrade, garantindo a segurança e a ordem no processo judicial em que ele está inserido.

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