Em apenas três semanas desde o seu lançamento, a produção já acumulou impressionantes 5,8 milhões de visualizações em todo o mundo, de acordo com dados divulgados pela própria plataforma até 14 de abril.
O filme original, dirigido por Henri-Georges Clouzot, foi baseado no romance homônimo de Georges Arnaud, publicado em 1950. Na época, a obra recebeu importantes prêmios do cinema, como o Urso de Ouro no Festival de Berlim, a Palma de Ouro no Festival de Cannes e o BAFTA de melhor filme.
A trama gira em torno de quatro europeus contratados por uma petrolífera americana para transportar material explosivo até um poço de petróleo em uma região pobre da América Latina. O caminho é perigoso, cheio de obstáculos que parecem impossíveis de serem superados.
A nova versão, dirigida pelo francês Julien Leclercq em parceria com a Netflix, mantém a premissa original, mas introduz novos elementos e personagens, incluindo uma presença mais forte de mulheres na trama. O elenco conta com nomes como Franck Gastambide, Alban Lenoir, Ana Giradot e Sofiane Zermani.
Apesar do sucesso de audiência, o remake não recebeu tanto destaque da crítica especializada. Comparado a franquias como “Velozes e Furiosos” e “Mad Max” por sua temática acelerada e ambientação desértica, o filme não conseguiu capturar a carga emotiva e a ambiguidade moral que tornaram o original um clássico do cinema.
É importante ressaltar que esta não é a primeira vez que “O Salário do Medo” ganha uma nova versão. Nos anos 1970, foi produzido o filme americano “O Comboio do Medo”, dirigido por William Friedkin, que não obteve sucesso nas bilheterias.
Em resumo, o remake de “O Salário do Medo” pela Netflix é mais uma prova de como a plataforma aposta em refilmagens para atrair um público contemporâneo, mesmo que nem sempre consiga replicar o sucesso e a profundidade emocional do original de 1953.