Agências imobiliárias que esperavam lucrar com a locação de imóveis para temporada estão sentindo o impacto desse cenário desfavorável. Omar Meniri, chefe de aluguéis de Paris na imobiliária Engel and Völkers, expressou sua decepção: “A oferta está lá, mas não temos tanta demanda quanto esperávamos”. A empresa Emile Garcin também teve que cortar os preços pela metade e se tornar mais seletiva sobre os imóveis que anuncia.
Os proprietários, por sua vez, estão enfrentando o fato de que seus apartamentos estão sendo anunciados a preços muito superiores à média do mercado, o que afasta potenciais inquilinos. Alguns imóveis que antes eram alugados por 20 mil a 30 mil euros agora têm preços reduzidos para cerca de 10 mil euros por semana.
Com dois terços das noites disponíveis para locação ainda vazias durante os Jogos Olímpicos, segundo a AirDNA, há uma preocupação crescente de que a situação piore. Muitos turistas ricos que planejaram sua estadia em Paris para o evento já reservaram seus aposentos com antecedência, o que pode levar a um aumento no número de cancelamentos caso encontrem opções mais baratas.
A falta de demanda e a necessidade de reduzir os preços estão levando alguns proprietários a reconsiderar a ideia de alugar seus imóveis durante as Olimpíadas. Com o alto custo de preparar os apartamentos para locação, a perspectiva de ter que abaixar os preços torna essa opção pouco atraente para muitos. A incerteza paira sobre o mercado imobiliário de luxo parisiense durante os Jogos Olímpicos, com a possibilidade de mais proprietários desistirem da ideia de alugar.
