Ataque de drones da Ucrânia atinge infraestrutura energética da Rússia, resultando em mortes e incêndios, afirmam autoridades russas.

Na noite desta sexta-feira, 19, a Ucrânia surpreendeu a Rússia com um ataque de drones que visava a infraestrutura energética do país vizinho. O Ministério da Defesa em Moscou informou que as defesas antiaéreas russas conseguiram derrubar 50 drones em oito regiões russas, sendo 26 deles sobre a província ocidental de Belgorod, próxima à fronteira ucraniana.

Como consequência do ataque, duas pessoas morreram durante uma explosão provocada por um incêndio na região. O governador regional, Vyacheslav Gladkov, confirmou as mortes por meio das redes sociais. As autoridades ucranianas se mantiveram em silêncio sobre a ofensiva.

Além de Belgorod, os drones também foram destruídos nas regiões de Bryansk, Kursk, Tula, Smolensk, Ryazan e Kaluga, espalhando o caos e provocando incêndios em subestações elétricas e complexos de combustível e energia. A intensificação desses ataques nos últimos meses, direcionados principalmente aos terminais petrolíferos russos, demonstra a tentativa da Ucrânia de compensar sua desvantagem em armamento e tropas no campo de batalha.

A estratégia de utilizar drones tem se mostrado eficaz para os ucranianos, que buscam ampliar o alcance de suas armas enquanto aguardam mais ajuda militar dos Estados Unidos. Para retaliação, a Rússia atacou a Ucrânia com sete mísseis na mesma noite, sendo dois destes derrubados pelas defesas aéreas ucranianas.

Os recentes confrontos na região do Mar Negro resultaram em danos à infraestrutura portuária, terminal de exportação de alimentos e tragédias humanas. Um homem de 50 anos perdeu a vida na cidade de Vovchansk, e uma mulher de 60 anos ficou ferida após um bombardeio atingir um prédio de nove andares. Além disso, um cidadão dos EUA, conhecido por lutar ao lado de separatistas apoiados pela Rússia na Ucrânia, foi encontrado morto na região de Donetsk.

Diante desse cenário, a tensão entre Ucrânia e Rússia continua a crescer, colocando em alerta a comunidade internacional e suscitando preocupações sobre uma possível escalada do conflito e suas consequências.

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