Ministério da Saúde confirma caso autóctone de cólera em Salvador, alertando para necessidade de prevenção e controle da doença.

O Ministério da Saúde divulgou nesta sexta-feira (19) a confirmação de um caso autóctone de cólera em Salvador, evidenciando que o paciente contraiu a doença na própria cidade, sem ter viajado para outro local. A descoberta foi feita em um homem de 60 anos de idade que apresentou sintomas como desconforto abdominal e diarreia aquosa em março de 2024. Ele havia utilizado antibióticos duas semanas antes para tratar uma outra condição de saúde.

Segundo informações da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, o resultado dos exames laboratoriais identificou a presença da bactéria causadora da cólera, Vibrio cholerae O1 Ogawa. O Ministério da Saúde esclareceu que se trata de um caso isolado, já que não foram encontrados outros registros após a investigação epidemiológica realizada pelas equipes de saúde locais, que acompanharam as pessoas que estiveram em contato com o paciente.

É importante ressaltar que o período de transmissão da doença é de um a dez dias após a infecção, porém, por questões de segurança, no Brasil é adotado um período de 20 dias para investigações epidemiológicas. O Ministério da Saúde informou que o paciente não transmite mais o agente etiológico desde o dia 10 de abril.

Em relação ao panorama da cólera no Brasil, os últimos casos autóctones ocorreram em Pernambuco nos anos de 2004 e 2005. Desde então, não foram registrados casos autóctones no país, apenas importados de outros locais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que, de janeiro a março de 2024, 31 países registraram casos ou surtos de cólera, com destaque para a região africana, que foi a mais afetada.

Diante desse cenário, o Ministério da Saúde alerta para a importância da sensibilização dos profissionais de saúde em relação à situação epidemiológica da doença, à detecção de casos, à investigação epidemiológica e às medidas de prevenção e controle. A cólera é uma doença infecciosa intestinal aguda, transmitida por contaminação fecal-oral direta ou pelo consumo de água e alimentos contaminados, podendo levar a complicações graves e óbito se não for tratada prontamente.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo