O evento, conhecido como Choro no Eixo, teve uma edição especial em comemoração ao aniversário de Brasília. Com transmissão ao vivo pela Rádio Nacional de Brasília, o público pôde desfrutar da música e das barracas de comidas enquanto fugia do calor de 27°C sob as sombras das árvores.
Comandado pelo cavaquista Márcio Marinho, o grupo de músicos recebeu convidados e fez questão de ressaltar a importância de levar a cultura popular brasileira para a população. Segundo Marinho, o objetivo do Choro no Eixo é fomentar e transformar a cultura brasileira, mantendo viva a tradição do choro.
Além da música, o evento também serviu como palco para a mobilização social, com a presença da Articulação dos Povos Indígenas (Apib) conscientizando o público sobre a luta dos povos indígenas contra o marco temporal de suas terras. Cerca de 8 mil indígenas estão mobilizados em Brasília para o 20° Acampamento Terra Livre, que se inicia nesta segunda-feira.
O presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass, destacou a importância de reconhecer o choro como patrimônio cultural imaterial do país e falou sobre a missão de expandir essa manifestação para diversos espaços, como escolas, praças e ruas.
Dessa forma, os domingos em Brasília têm se tornado não apenas uma oportunidade de lazer e cultura, mas também de mobilização e conscientização social, trazendo à tona questões importantes para a sociedade brasileira. O choro, como símbolo de nossa cultura, une diferentes grupos em prol da democracia e do reconhecimento dos povos indígenas.
