O depoimento do empresário foi fruto de requerimentos apresentados pelo presidente da comissão, senador Jorge Kajuru, e pelo relator, senador Romário. Textor, ao falar diante dos parlamentares, destacou a importância do momento para ele e para o futebol brasileiro, enfatizando que a manipulação de resultados é um problema global que precisa ser enfrentado com coragem e transparência.
Com a ajuda de tradutores, Textor explicou que as provas de suas denúncias seriam entregues à CPI em uma reunião secreta, demonstrando seu comprometimento em contribuir com as investigações. Ele ressaltou que a tecnologia utilizada pela empresa Good Game! foi fundamental na análise de partidas que apontaram para possíveis irregularidades, inclusive afetando indiretamente o Botafogo.
O empresário fez questão de salientar que suas denúncias não visam prejudicar nenhum clube ou pessoa em específico, mas sim trazer à luz a verdade sobre a manipulação de resultados no futebol. Ele comparou essa prática à ocultação de um truque de mágica, em que o torcedor distraído não percebe o que realmente está acontecendo nos bastidores de uma partida.
Além disso, Textor levantou questionamentos sobre a relação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) com possíveis irregularidades denunciadas, sugerindo que a entidade pode ter influenciado o arquivamento de investigações. Ele também destacou a importância da transparência e da ética no esporte e cobrou maior integridade por parte da CBF.
O depoimento de John Textor na CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas colocou em evidência questões fundamentais para o futebol brasileiro, abrindo novos caminhos para a investigação e o combate à corrupção no esporte. A atuação da comissão, juntamente com a colaboração do empresário, promete trazer à tona eventuais irregularidades e contribuir para a preservação da integridade do futebol nacional.
