Programa Língua Indígena Viva no Direito busca fortalecer entendimento entre povos indígenas e legislação brasileira, com tradução de textos jurídicos.

Em uma cerimônia realizada em Brasília na última quinta-feira (18), o Programa Língua Indígena Viva no Direito foi lançado com o objetivo de promover o entendimento recíproco entre os povos indígenas e os formuladores e aplicadores das legislações brasileiras. A iniciativa, desenvolvida pela Advocacia-Geral da União (AGU) em parceria com os Ministérios dos Povos Indígenas e da Justiça e Segurança Pública, teve seus princípios e objetivos publicados no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (22).

Uma das principais medidas previstas pelo programa é a tradução da legislação brasileira, dos termos e conceitos jurídicos, para as línguas indígenas, além da capacitação de legisladores e profissionais do Direito em conhecimentos relacionados à diversidade cultural e social desses povos. Com o intuito de facilitar o acesso das comunidades às legislações nacionais e internacionais, os membros das comunidades também serão capacitados.

A primeira etapa do processo de tradução focará na Constituição Federal, que será traduzida para as línguas Guarani-Kaiowá, Tikuna e Kaingang, por serem as mais faladas no país. Para garantir a integridade cultural, líderes e membros dos povos indígenas participarão ativamente, contribuindo para a construção de textos que considerem a interação com os sistemas legais indígenas.

Os novos conteúdos traduzidos serão amplamente divulgados entre as comunidades, advogados, órgãos dos Três Poderes, colegiados, universidades e organizações da sociedade civil que atuam em políticas públicas e iniciativas relacionadas aos direitos dos povos indígenas. A iniciativa visa promover a inclusão e o respeito à diversidade cultural, fortalecendo a relação de diálogo e compreensão entre os povos indígenas e as instituições jurídicas do país.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo