Segundo o relatório, a porcentagem de civis mortos aumentou em incríveis 122% em comparação com o ano anterior. Além disso, houve um aumento significativo nos ataques contra infraestruturas de saúde, educação e ajuda humanitária. Um dos principais pontos destacados no documento foi a guerra na Faixa de Gaza, onde Israel lançou uma ofensiva militar seis meses atrás em resposta a um ataque do movimento islamista Hamas.
Neste território palestino, mais de 60% das casas foram destruídas ou danificadas, resultando em um dos cenários mais desoladores e tristes do mundo. Os países que mais sofreram danos em 2023 foram identificados como Líbano, Mianmar, Paquistão, Territórios Palestinos, Somália, Sudão, Síria, Ucrânia e Iêmen.
O chefe da Handicap International, Gilles Lordet, ressaltou a gravidade do uso de armas explosivas em áreas urbanas, enfatizando as consequências devastadoras para os civis. Além das mortes, essas armas causam deslocamentos em massa da população e geram impactos a longo prazo, como a contaminação do solo devido a minas não detonadas.
O relatório apontou que 90% das vítimas de armas explosivas em zonas urbanas são civis. A divulgação desses dados acontece em um momento oportuno, quando uma reunião internacional de três dias em Oslo discute a implementação de uma declaração política de 2022 para proteger melhor os civis em áreas densamente povoadas.
Embora 86 países tenham assinado essa declaração, 28 nações, incluindo Brasil, Colômbia, Equador, México, Peru, Espanha e Estados Unidos, foram afetadas em 2023 pelo uso de armas explosivas, conforme constatado pela Handicap International.
Em um cenário global marcado pela violência e pela destruição, o relatório da Handicap International serve como um alerta para a necessidade urgente de medidas que visem proteger a população civil em meio a conflitos armados e crises humanitárias.
