No sul da Faixa de Gaza, funcionários da Defesa Civil fizeram uma descoberta macabra – quase 300 corpos foram encontrados em uma vala comum no hospital Nasser. A notícia chocante foi amplamente divulgada e até mesmo o Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, expressou sua horrorização com os relatos.
Durante uma sessão informativa da ONU, Turk lamentou a destruição das instalações médicas no hospital Nasser e no complexo médico de al-Shifa, que foram alvo de incursões do Exército de Israel. Ele também condenou os ataques recentes em Gaza, que resultaram na morte de mulheres e crianças inocentes.
A descoberta dos corpos ocorreu após militares israelenses deixarem o hospital, que estava abrigando milhares de palestinos deslocados. As incursões anteriores foram justificadas pelas Forças Armadas de Israel com base em informações sobre supostos sequestros cometidos pelo grupo terrorista Hamas. No entanto, tais evidências não foram apresentadas.
O Ministério da Saúde do território controlado pelo Hamas acusou a ocupação israelense de transformar o hospital em um “quartel militar”. Segundo relatos, as covas improvisadas foram feitas durante um cerco das forças israelenses, dificultando a identificação e o sepultamento adequado dos corpos.
Autoridades da Defesa Civil afirmaram que os corpos exumados apresentavam sinais de tortura e abuso, o que levou à especulação de execuções ocorridas durante o cerco. O coronel Yamen Abu Suleiman relatou que muitos dos cadáveres estavam em estado avançado de decomposição, tornando a identificação ainda mais difícil.
A comunidade internacional aguarda por mais informações sobre essa tragédia e exige uma investigação rigorosa para apurar os responsáveis por esses atos bárbaros. A descoberta dos corpos na vala comum no hospital Nasser é um lembrete sombrio da brutalidade e violência que assolam a região de Gaza.
