Durante a audiência, o advogado da Promotoria, Chris Conroy, afirmou que Trump violou a ordem do juiz de instrução Juan Merchan, que o proíbe de fazer comentários sobre testemunhas e membros do júri. Segundo Conroy, o magnata não cumpriu de forma consciente e intencional as diretrizes estabelecidas para proteger a integridade do processo.
O ex-presidente dos EUA está sendo julgado por falsificar documentos contábeis da empresa familiar, a Trump Organization, visando ocultar um pagamento de 130 mil dólares à ex-atriz pornô Stormy Daniels, no final da campanha presidencial de 2016. O advogado da Promotoria pediu uma multa de até mil dólares por cada publicação feita por Trump que contrarie a ordem judicial.
Diante das acusações e do possível desacato, Trump e seus advogados defenderam-se, alegando que o ex-presidente está sofrendo ataques políticos e que publicar artigos não deveria ser considerado uma violação da ordem de silêncio. No entanto, o juiz expressou sua insatisfação com a defesa, afirmando que a credibilidade da equipe de Trump estava em jogo.
A Promotoria acusa Trump de orquestrar um esquema criminoso para influenciar a eleição presidencial de 2016 e de ter mentido em documentos contábeis para encobrir suas ações. Caso seja considerado culpado, o ex-presidente enfrentará uma pena de prisão de quatro anos ou uma multa.
O julgamento continua em andamento, com testemunhas-chave como David Pecker, ex-presidente da editora do tabloide National Enquirer, prestando depoimento. O tribunal aguarda a decisão do juiz em relação ao possível desacato cometido por Donald Trump durante o processo.