As previsões feitas por economistas e analistas de mercado consultados pelo BC apontam também para um crescimento de 2% em 2025, mantendo-se estável nas últimas 19 semanas. Essa tendência de crescimento se repete nos anos seguintes, com índices similares em 2026 e 2027.
No entanto, o boletim traz uma preocupação para o cenário econômico do país: o aumento da inflação. A expectativa é que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerre o ano em 3,73%, um aumento em relação à previsão anterior de 3,71%. Para 2024, a projeção está dentro do intervalo de meta estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Quanto aos juros básicos da economia, o mercado prevê que a taxa Selic encerre o ano em 9,5%, indicando uma diminuição no ritmo de queda observado nas últimas semanas. Essa projeção é resultado da sinalização do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC de que o corte na Selic pode não se manter no mesmo ritmo das últimas reuniões.
Em relação ao câmbio, o boletim aponta para um aumento no valor do dólar em 2024, com a moeda norte-americana fechando o ano em R$ 5,00. As projeções para 2025 e 2026 indicam um cenário semelhante, com o dólar atingindo R$ 5,05 e R$ 5,10, respectivamente.
Diante desses cenários, o mercado financeiro demonstra confiança no crescimento econômico do país, mas atenta para os desafios relacionados à inflação e à política monetária. A expectativa é que as medidas adotadas pelo BC possam contribuir para a estabilização da economia e a manutenção do crescimento nos próximos anos.