De acordo com a CNBB, a Doutrina Social da Igreja reconhece a legitimidade do Estado em impor penas proporcionais à gravidade dos delitos, mas também destaca a importância de promover a reinserção gradual das pessoas condenadas na sociedade. Nesse sentido, as saídas temporárias durante o cumprimento da pena são fundamentais para atender a essas premissas de ressocialização e reinserção dos indivíduos na sociedade.
A confederação episcopal também mencionou a citação do Papa Francisco em relação à importância de não sufocar a esperança e de garantir perspectivas de reconciliação e reintegração para os indivíduos que cometeram erros no passado. A mensagem da CNBB reforça a necessidade de não cancelar a esperança no futuro, mesmo durante o cumprimento de penas, ressaltando a importância da sociedade em alimentar essa chama de esperança.
O projeto de lei que propunha o fim das saídas temporárias de presos foi aprovado tanto pela Câmara dos Deputados quanto pelo Senado antes de ser vetado pelo presidente. Agora, cabe ao Congresso Nacional avaliar o veto e decidir se mantém ou derruba a decisão do presidente. A CNBB espera que o veto seja mantido para garantir a continuidade das saídas temporárias e, assim, contribuir para a ressocialização e reintegração dos detentos na sociedade.