Defesa de tenente-coronel Mauro Cid pede liberdade provisória ao STF após prisão por descumprimento de medidas cautelares.

O ex-ajudante de ordens da Presidência, tenente-coronel Mauro Cid, está enfrentando um período tumultuado após ser custodiado por descumprimento de medidas cautelares e obstrução à Justiça. Sua defesa apresentou um pedido ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, solicitando a concessão de liberdade provisória ao militar, que tem sida realizado no Batalhão da Polícia do Exército há cerca de um mês.

O motivo da detenção de Cid foi a divulgação de áudios em que ele critica o inquérito da Operação Tempus Veritatis, alegando que se trata de uma “narrativa pronta”. Nas gravações, o militar também afirma que Moraes já teria a sentença dos investigados e que os investigadores estariam mais interessados em confirmar uma “narrativa pronta” do que descobrir a verdade sobre a tentativa de golpe de Estado.

Após a divulgação desses áudios, Cid compareceu ao Supremo para uma audiência relacionada à sua delação premiada e foi informado sobre sua nova prisão, chegando a desmaiar ao receber a notícia. Esse episódio levou a uma reavaliação da homologação da delação premiada do aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A defesa de Cid argumenta que a divulgação dos áudios não afetou a delação premiada do militar, nem as investigações em curso no STF, refutando assim a alegação de obstrução de justiça. O advogado Cezar Bittencourt, que representa o tenente-coronel, ressaltou que as declarações feitas por Cid nos áudios eram apenas um desabafo e não comprometem a seriedade da delação.

A situação de Mauro Cid é delicada e gera grande repercussão nos meios jurídicos e políticos. O desenrolar desse caso será acompanhado de perto pelos interessados e pode trazer à tona questões importantes sobre liberdade de expressão e o papel das forças armadas no cenário nacional.

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