Diretor do Banco Central defende cautela e serenidade diante de variações de ativos para evitar reações precipitadas no mercado financeiro

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, concedeu uma entrevista na última quarta-feira, 24, em que destacou a importância da autarquia manter uma postura de “parcimônia e serenidade” diante das variações de ativos. Durante um evento realizado pela Upload Ventures em São Paulo, Galípolo ressaltou a necessidade de não reagir de forma precipitada a essas mudanças, mesmo que isso possa resultar em um pequeno atraso no processo de reação.

Em relação à recente reprecificação dos preços de ativos globais, decorrente das alterações nas expectativas em relação à trajetória de juros nos Estados Unidos, o diretor do BC afirmou que é fundamental aguardar para avaliar como essas variáveis financeiras irão impactar a inflação no Brasil.

Galípolo também mencionou que o Banco Central não tem como meta um diferencial de juros ou uma taxa de câmbio específica, mas sim a inflação, que está se comportando de maneira satisfatória. Ele destacou a surpresa positiva em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março e relembrou que, no segundo semestre de 2023, a curva norte-americana chegou a abrir um ponto percentual, porém, esse movimento teve um impacto moderado nos ativos domésticos.

Ao longo do evento, Gabriel Galípolo reforçou a importância de uma abordagem cautelosa e analítica por parte do Banco Central, visando garantir a estabilidade econômica e o controle da inflação. A postura de aguardar e avaliar adequadamente as variáveis antes de tomar decisões rápidas é vista como uma estratégia essencial para evitar reações impensadas e equilibrar as ações da autarquia em meio a um cenário global volátil.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo