Essas estátuas estão espalhadas por Taiwan, mas a grande maioria delas será removida de locais públicos, como parques, edifícios e ruas. A expectativa é que o governo retire um total de 760 representações de Chiang Kai-shek, que governou até sua morte em 1975. Essa movimentação é vista como uma tentativa de cortar os laços de Taiwan com a China continental, em um momento de crescentes tensões na região.
Essa remoção das estátuas gerou debates acalorados ao longo dos anos, com diversas questões sobre o que fazer com esses símbolos do passado. Muitas estátuas já haviam sido transferidas para um parque no norte de Taipei, que agora é conhecido por abrigar milhares de imagens de Chiang.
Essa decisão de remover as estátuas restantes vem após muitos apelos para uma ação mais incisiva, principalmente em relação a uma estátua de Chiang em Taipei, que possui mais de seis metros de altura e é protegida por uma guarda de honra da polícia militar.
O legado de Chiang Kai-shek ainda é motivo de divisões partidárias em Taiwan, com o Partido Democrático Progressista, que está no poder, defendendo a retirada dos tributos ao ex-líder, enquanto o Partido KMT de Chiang, agora na oposição, alega que isso equivale a apagar a história.
É importante ressaltar que Pequim reivindica a soberania sobre Taiwan, considerando a ilha como uma província da República Popular da China e não excluindo a possibilidade de recorrer à força para reunificá-la. Com essa medida, Taiwan parece estar enviando um sinal claro de ruptura com seu passado e marcando um novo capítulo em sua história.